24 de jan. de 2012

A juventude e a política



Muito me dói quando ouço jovens afirmarem que não gostam de política. Ou ainda mais, quando estes associam política com corrupção. A política, essencialmente, é uma arte, é a ciência da organização. Ela modifica nossas vidas diretamente em todas as instâncias. A sua aplicabilidade deve atingir toda a sociedade e promover melhorias sociais profundas.

No Brasil, vivemos num estado democrático, ou seja, vivemos num estado em que representantes eleitos por nós, na tese, por uma ideologia ou uma luta de classe, tomam as rédeas das decisões importantes do nosso país. Estes representantes, eleitos por um determinado período, são postos a prova em novas eleições, quando das suas ações durante o mandato. Em síntese, o poder está conosco, somos nós e a nossa consciência quem define a continuidade ou a tomada de novos rumos. Já pensou se todos nós militássemos em partidos? Tivéssemos ideologia? Saíssemos ás ruas para defender um ideal, um programa de governo? A cobrança seria maior, os avanços obrigatórios, o coronelismo se extinguiria e consolidaríamos ainda mais a nossa democracia.

Eu participo da política e não advenho de uma família tradicional nela. Escolhi participar quando tomei posse de filmes e livros que falavam das lutas que vários jovens travaram ao longo da nossa história. Lutas ideológicas, contra opressão, por democracia, por melhorias num contexto geral. Logo depois, comecei a participar do movimento estudantil, no grêmio de minha escola, seguindo até a universidade, onde presidi o Diretório Acadêmico do meu curso e participei diretamente de gestões do Diretório Central dos Estudantes. Fui às ruas entoar gritos de guerra, combater opressores, lutar por justiça e igualdade. Viajei para pressionar a aprovação de projetos importantes. Enfim, quase que inevitavelmente, me encaminhei para luta partidária, escolhendo um partido que englobasse tudo o que eu acreditava.

Eu costumo dizer que a nossa existência não está fadada a nulidade. Não podemos deixar nossas vidas passarem em branco. Precisamos escolher um caminho e nos propor a transformar, de alguma maneira, a nossa sociedade. Alguns revolucionam na ciência, com descobertas que modificam nossas vidas diretamente, outros na música, cantando os nossos sentimentos. Alguns se tornam ídolos no esporte, orgulho de sua nação, outros escrevem livros, e preenchem o vazio da criatividade e da imaginação. Eu uso a política, em sua essência, como o meu instrumento de transformação, como o caminho para preencher a minha vida com batalhas e conquistas altruístas.                

Tenho lado, tenho partido, defendo uma ideologia socialista, mas tudo isto não me isenta de afirmar que temos erros e que temos que avançar ainda mais. Todavia, não há como negar que o Brasil vem crescendo a passos largos, diminuindo a desigualdade, combatendo a corrupção, punindo de fato e consolidando-se como uma grande nação.  Ficaria muito feliz se todos os jovens que lessem este texto, escolhessem participar do meu agrupamento político. Porém, este texto não foi escrito para pregar o que eu acredito, o escrevi com o intuito de trazer a juventude para o debate da política. Estamos evoluindo, propondo discussões importantes e progressistas, renovando os quadros políticos e aumentando a passos largos o número de jovens filiados a partidos, mas ainda não atingimos a forma ideal. Sua participação é vital para avançarmos ainda mais.


Vamos participar da política? Vamos sonhar e lutar por um mundo melhor?


Sérgio Alves

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Autor Sérgio Alves : 1 Comentário

1 Opiniões:

Tenho a grande satisfação de convergir ideologicamente em inúmeros aspectos com você companheiro. A juventude tem que se apoderar dessa arma de transformação social que é a política, de pensamentos libertários, revolucionários e acima de tudo democrático. Ótimo texto, um forte abraço de seu amigo e irmão do Acre.

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