“Ano de copa do mundo e de eleição: Um daqueles anos que passam voando”.

Entra o ano novo e de cara chega o Carnaval, é o Brasil, terra dos que conseguem, apesar de todo sofrimento, ser um dos povos mais felizes do planeta terra. Mal saímos do Carnaval e já ficamos no aguardo das festas juninas, Anarriê, num forró dubom, são várias noites pra esquecer todos os problemas e ser apenas um ser humano em busca da diversão.

Só nestas poucas linhas que escrevi já se foram meio ano, tempo que geralmente passa depressa e nos remete aos meses finais do ano, mais vagarosos, sem grandes eventos nos mobilizando por vários dias. Mas este fato se vê quebrado a cada 4 anos, quando estamos num ano de copa do mundo e de eleição: Um daqueles anos que passam voando.
A copa geralmente começa atrelada aos eventos juninos. E durante a mesma, todos são um só, vestidos de verde e amarelo e gritando pela seleção, com as tv´s em nossas portas, com bandeiras, faixas, pinturas no chão. Não há ricos ou pobres, pretos ou brancos, heteros e homos, uma nação torcendo pelo que talvez seja a única coisa que nos uma por completo: O futebol brasileiro.

A copa acaba com o Brasil Campeão, a euforia nos domina e durante um bom tempo, este é o principal assunto das rodinhas de conversas. Em caso contrário, a revolta nos domina, e durante um bom tempo nossas conversas se voltam a entender o porquê de não termos ganhado.

Neste meio tempo, entre a Copa do mundo e as conversas, por euforia ou revolta, já nos vemos diante de uma eleição de tamanha significância. Elegeremos aqueles que irão nos dirigir em instâncias políticas superiores. Aqueles que interferirão de maneira direta em nossa qualidade de vida, em nossas perspectivas, no crescimento econômico e avanço social de nosso estado e por fim do nosso país.

Durante a eleição, embora a maioria afirme não gostar de política, sempre temos a nossa simpatia com determinado político, ou acreditamos na promessa de outro, ou temos afinidades com as idéias que um partido nos parece transmitir, ou simplesmente “votamos neste porque jamais votaríamos naquele”. Mas nos vestimos de verde, azul, amarelo ou vermelho. Somos liberais, democratas, trabalhadores, comunistas, cristãos, enfim, brasileiros. Plotamos carros, colamos adesivos e fazemos a festa da “democracia” e nos tornamos um povo, a pouco extremamente unidos, dividido em suas opiniões.

Passado o Carnaval, os Festejos juninos, a Copa do mundo e a eleição. E baseados no principio de que o tempo é relativo, temos um ano que passa depressa, que parece voar, muito embora, nos seja muito significativo, muito importante e por fim muito ativador de nosso ufanismo, um ano em que nos unimos e nos separamos mas sempre querendo o melhor pra nós e pro Brasil.

Um salve ao Brasil no futebol e na democracia.

Sérgio Alves

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